Nem Freud explica...
É sabido que as experiências infantis determinam muitas vezes o que acontecerá com a pessoa na vida adulta, seus amores, suas decisões, até mesmo sua profissão ou o seu sucesso/fracasso na vida. É claro que isto não é absoluto, mas em grande medida é assim segundo Freud e seus seguidores da Psicanálise. Porque será que é assim? Ninguém sabe ao certo? Nem Freud explica. A mente humana tem três instâncias psíquicas, a saber: ID, EGO E SUPEREGO. O ID são as pulsões ou desejos que quando não satisfeitos geram conflitos, correspondem aos aspectos inconscientes da mente. O superego são as demandas civilizatórias, os freios que são colocados pela civilização, tais como a religião, a ética, a moral, regulam os impulsos do ID de maneira que o homem possa viver em civilização respeitando o direito de outrem e maneirando as pulsões de sua libido. O EGO são as manifestações da mente consciente, também chamada raciocínio ou razão que procuram fazer a mediação entre o ID e o SUPEREGO. Ou seja, os desejos muitas vezes impossíveis do ID que quer satisfazer seus desejos ou pulsões e é inibido pelo SUPEREGO PROIBITIVO OU CIVILIZATÓRIO. Com relação às localizações anatômicas muitas vezes difíceis localizar estes órgãos no cérebro. Mas anatomicamente falando o ID seria o cérebro primitivo, aquele que veio dos outros animais dos quais nós somos descendentes, seria o palio - cérebro ou cérebro primitivo, representado, por exemplo, pelo sistema límbico que é o centro das emoções primitivas: fome, sede, instinto de sobrevivência, sexo. O superego é a parte do cérebro que faz o controle destas que as modera, dizem que se desenvolveu com a civilização, é tanto mais desenvolvido quanto mais “civilizado” o indivíduo. O EGO corresponde à parte consciente da mente, o córtex, a parte mais nova do cérebro que procura realizar a mediação entre estas duas grandes forças. Ou seja, a satisfação da LIBIDO e as demandas da civilização, as partes que tem que não só inibir, mas equilibrar estas manifestações, ou seja, as demandas da vida instintiva, animal e as demandas da sociedade em que vive. O equilíbrio pouco estável destas duas partes determina a personalidade do indivíduo. Que nunca está totalmente equilibrada, oscilando entre seus instintos e as demandas sociais ou civilizadas. Quanto mais equilibrada estiverem estas partes, mais equilibrado é o indivíduo. Os desequilíbrios destes três componentes originam as neuroses que ocupam grande parte da vida de todo ser humano. Este desequilíbrio muitas vezes pode originar na mais tenra idade, através dos traumas da infância e afetar toda a vida do indivíduo, originando comportamentos e atos falhos, neuroses, desvios de conduta, comportamento anti-social, dificuldades mil. Exigindo psicoterapias e tratamento através de insights.
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