terça-feira, 26 de maio de 2009
Tempo bom era aquele...
Transcorriam os idos de 50, fazia muito frio na época, sol mesmo só poucas horas do dia, assim mesmo com muitas nuvens, aparecendo aqui e acolá esporadicamente. Não víamos viva alma naquele sertão, então as opções eram poucas, além de se tentar esquentar no pouco sol que havia. O mundo está esquentando, que bom!! Pois assim não temos de tolerar o frio dos cobertores curtos e “tomara que amanheça”. O perigo é o excesso de calor e o “efeito estufa”, dizem. Usando poucas roupas, dispensando os agasalhos, temos boa tolerância ao calor, já que estamos acostumados. Não me acostumava mesmo é com o que o frio de antanho, minha mãe dizia: “O dia é um palmo e a noite é um ano”, até doía o corpo de tanto ficar na cama. Pois deitava-se lá pelas sete quando muito oito da noite, quando chegava pela manhã já se tinha dormido mais do que o suficiente. O duro era levantar, o tempo neblinoso não dava boa visibilidade da vizinhança que muitas vezes após clarear estava branco de geada. Então a cama já não muito confortável tinha que dar lugar ao fogão de lenha, e então “esquentava fogo”, o que na realidade sabia-se que era o contrario, o fogo é que esquentava a gente. Ordenhava-se o gado, neste mister tinha que se juntar o gado na geada e os sempre sumidos bezerros porque sem eles o gado não produzia o leite. Então o moleque tinha que sair do fogo, com as canelas quentes e tinha que enfrentar a geada do tempo para ajuntar o gado. A um grito do seu pai fazia tudo rapidinho, ai! Se não fizesse, era castigo na certa, não esperava o segundo chamado, já enfrentava o frio, descalço com os pés vermelhos pelo fogo, agora eram esfriados pela geada. Isto acabou lhe acarretando reumatismo. Com duas crises fortes em que ficou entrevado. Mas como dizem: "pau ruim não afunda”, o menino agüentou o tranco e um dia fomos pra cidade. O pai ainda ficou enfrentando os elementos, pois era seu habitat, homem forte e destemido. Destes que desafiam o perigo sem pestanejar. A roça trazia o sustento pra nós na cidade, estudamos, eu me tornei doutor, minhas irmãs também estudaram. Agora eu penso, não só o tempo esquentou, tudo mudou. Ninguém mais mora na roça, que acho que nos moldes de antigamente também não existe mais. Antigamente o capital era a força e a inteligência do homem. E hoje. Hoje este capital parece que se encontra bem escasso!!.Ninguém quer dar duro. Todo mundo na teta do governo. Haja Teta!!!! O outro capital que é o pecuniário, parece que ninguém tem mais. Só os bancos a juros exorbitantes lá pelas “estratosferas”, produção não mais existe. Ou pouca. Aí a gente fica pensando que aquele tempo era bem melhor, mormente o frio gelado..
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Luiz Antonio de Almeida itens compartilhados
Sobre eu e meu blog
Gosto de escrever, não o escrever por escrever, mas até uma necessidade intrínseca de me expressar, de transmitir algo, um pensamento, com ist0 eu possa despertar algo de bom em meus amigos. Muitas vezes mesmo é meu desejo de comunicação, já como disse uma amiga, sou tímido, então a comunicação verbal direta estaria dificultada, então a comunicação via internet mil vezes potencializada. Diga o que disserem, mas o computador aproximou as pessoas, que muitas vezes estavam distantes, e tinham poucas possiblidades de comunicação. E os "bloguistas" podem então dar asas a sua imaginação e exercitar as suas potencialidades, que terão mais ou menos leitores de acordo com suas possibilidades e capacidades. O meu blog é geral, pois trato de qualquer assunto, moderno, contemporâneo, assuntos atuais, problemas brasileiros e outros tantos.
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