quarta-feira, 15 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Os pecados mortais
Sinto hoje depois de ver tanta água correr embaixo da ponte, haja água!! Que uma das coisas mais importante no homem são suas lembranças. Outro dia assisti a um filme referente ao Mal de Alzheimer, chamado “Longe dela”, a artista era a Julie Christie, e exemplificava o que era a pessoa esquecer de si e de suas lembranças, é como a morte em vida. Suas lembranças mais bonitas e mais ternas ficam no ostracismo do esquecimento, esquecer dos nomes e dos rostos dos que lhe são mais ternos, deve ser um castigo imenso, quase imensurável. Quando o homem sente desesperançado ele evoca suas lembranças mais acalentadoras, aquelas que lhe são mais caras e isso o anima a viver. E esta doença impede tudo isto. Acho que tudo que se fizer para debelar este mal em benefício do homem, ainda é pouco, tal o grau de devastação que o Mal do esquecimento acarreta. Fala-se em células tronco embrionárias, pois se for possível tal tentativa, esta deve ser tentada, a despeito de dogmas sobre o início da vida. Quando a vida se inicia? Quando ela termina? O que é a vida? Tudo ainda é uma incógnita das mais fascinantes. Claro tudo com uma certa ética e balizamentos. O que é moral hoje pode não sê-lo amanhã, dependendo das descobertas da ciência. O que não podemos aceitar são dogmas sejam ele científicos ou religiosos. A ciência boa segundo Bertrand Russell, é aquela para a felicidade e benefício da humanidade. A ciência que trabalha para a guerra é nociva e prejudicial. A ciência não devia servir a propósitos egoísticos de dominação e controle do ser humano, devia agir sempre no sentido de benefício da humanidade. Fleming inventou a penicilina que salvou milhões de seres humanos da morte certa, Jenner inventou a vacina antivariólica que erradicou a varíola da face da terra. Mal terrível que acarretava cicatrizes horrendas e ceifava milhares de vida. A ciência minora febre, mas faz explodir bombas. Certamente há no homem duas forças que se digladiam, os instintos de vida também conhecido por EROS, e os instintos de morte, conhecido por TANATOS. Eros e Tanatos se digladiam dentro do homem, então tudo que pode estimular os instintos de vida deve ser tentado. Eros é a alegria é o AMOR em tudo as suas formas, desde o Platônico, até o Kama Sutra, que é o Amor sexual Oriental. O mais impressionante é que a religião combate o Amor, não o Platônico, que existe só em termos ideais. Na prática segundo Freud, o amor deste tipo não existe, pois tudo são pulsões e desejos insatisfeitos da libido. Segundo a religião o instinto sexual é pecado a não ser para procriação e quem ainda acredita nesta falácia e o pior que ainda tem muita gente,que para satisfação do instinto sexual tem 10 filhos, só que aí comete outro pecado, pois não consegue sustentar os filhos nem lhe dar uma vida digna. Será que não seria a anticoncepção a melhor saída? O meio científico para prevenir a concepção devia ser do conhecimento de todos. A educação sexual devia ser alvo de aulas nas Escolas, mas na prática torna-se tabu e é proibida pela religião que só espalha preconceitos. A pior doença e a pior miséria é a ignorância e a falta de amor para com o próximo, que a meu ver, isto sim, devia ser pecados mortais.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Era uma vez uma cachorrinha...
Era uma vez uma cachorrinha chamada Lili,
Era assim mesmo, com nome grafado em maiúscula,
Pois parecia gente, pois a tudo entendia,
Era da família a alegria.
Uma vez lindos filhotes teve ao todo em total de quatro.
Às vezes o animal sofre igual gente,
Pois a sorte a família não favoreceu,
Daí ficou eu a Lili, a cachorrinha que parecia gente,
Procurei de toda maneira protegê-la,
Mas o inverno naquele ano foi inclemente,
E uma doença logo a acometeu
E para os padecimentos meus,
Minha cachorrinha logo morreu,
Também morreu algo aqui no meu coração,
Como se diz o homem não morre de repente!
Mas aos poucos e em parte,
Aos poucos e cotidianamente, em conta-gotas,
Vai deixando pedaços do seu coração
Com seus entes que se vão,
Luiz Antonio- Poeta bissexto.
Era assim mesmo, com nome grafado em maiúscula,
Pois parecia gente, pois a tudo entendia,
Era da família a alegria.
Uma vez lindos filhotes teve ao todo em total de quatro.
Às vezes o animal sofre igual gente,
Pois a sorte a família não favoreceu,
Daí ficou eu a Lili, a cachorrinha que parecia gente,
Procurei de toda maneira protegê-la,
Mas o inverno naquele ano foi inclemente,
E uma doença logo a acometeu
E para os padecimentos meus,
Minha cachorrinha logo morreu,
Também morreu algo aqui no meu coração,
Como se diz o homem não morre de repente!
Mas aos poucos e em parte,
Aos poucos e cotidianamente, em conta-gotas,
Vai deixando pedaços do seu coração
Com seus entes que se vão,
Luiz Antonio- Poeta bissexto.
MEU HUMILDE AMIGO
Francis Jammes
Meu cão fiel, humilde amigo, sucumbiste
Sob a mesa , fugindo à morte como à vespa
Tu fugias em vida. Ali tua cabeça
Voltaste para mim no passo breve e triste.
Companheiro banal do homem, tu que em teus dias
No que falta ao teu dono achas o que te baste,
Ó ser bendito que a jornada acompanhaste
Do arcanjo Rafael e do jovem Tobias...
Tal como um santo ama ao seu Deus, num grande
[exemplo
amaste-me também, ó servo verdadeiro!
O mistério de tua obscura inteligência
Vive num paraíso inocente e fagueiro.
Ah se de vós, meu Deus, a graça eu alcançasse
De face a face vos olhar na eternidade,
Fazei que um pobre cão contemple face a face
Quem para ele foi um deus na humanidade.
Meu cão fiel, humilde amigo, sucumbiste
Sob a mesa , fugindo à morte como à vespa
Tu fugias em vida. Ali tua cabeça
Voltaste para mim no passo breve e triste.
Companheiro banal do homem, tu que em teus dias
No que falta ao teu dono achas o que te baste,
Ó ser bendito que a jornada acompanhaste
Do arcanjo Rafael e do jovem Tobias...
Tal como um santo ama ao seu Deus, num grande
[exemplo
amaste-me também, ó servo verdadeiro!
O mistério de tua obscura inteligência
Vive num paraíso inocente e fagueiro.
Ah se de vós, meu Deus, a graça eu alcançasse
De face a face vos olhar na eternidade,
Fazei que um pobre cão contemple face a face
Quem para ele foi um deus na humanidade.